O ozono troposférico "é um poluente secundário, o que significa que, ao contrário dos outros poluentes monitorizados na Rede de Qualidade do Ar da Região Norte, não é emitido diretamente por nenhuma fonte, resultando da reação de outros poluentes entre si na atmosfera (como CO, NOx e COV) em presença da radiação solar", esclarece, em comunicado, a CCDRN.
Entre as 07:00 e 08:00, foi ultrapassado o limite de 180 microgramas por metro cúbico de ozono troposférico em Valongo, segundo a comissão de coordenação.
Durante o período em análise, a concentração daquele poluente atingiu os 192 microgramas por metro cúbico.
De acordo com a CCDRN, os valores mais elevados deste poluente ocorrem geralmente no verão, durante o período da tarde, "coincidindo com a máxima atividade fotoquímica".
A origem do ozono troposférico é "por vezes de difícil determinação", destaca a CCDRN, acrescentando que os poluentes responsáveis pela formação deste composto "podem eventualmente resultar do transporte de emissões produzidas em locais a uma média/longa distância".
A CCDRN recomenda que as pessoas mais sensíveis, nomeadamente, crianças, idosos, asmáticos e com problemas respiratórios, evitem "inalar uma grande quantidade de ar poluído, especialmente durante a tarde.
"Os grupos de população particularmente vulneráveis a este tipo de poluição devem também respeitar escrupulosamente os tratamentos médicos em curso ou recorrer a cuidados médicos, em caso de agravamento de eventuais sintomas", acrescenta.
A atividade física ao ar livre "deve ser reduzida ao mínimo", bem como evitados outros fatores de risco como o fumo do tabaco e a utilização de produtos irritantes que contém solventes na composição, recomenda a CCDRN.
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