A razão deste alerta para o risco, justificou a OMS, deve-se às fortes ligações da área afetada com a capital e os Estados vizinhos.
"Há que ter cuidado. Mbandaka está muito ligada a Kinshasa. Há que estar alerta e ser vigilante", disse em Genebra o diretor de Emergências Sanitárias da OMS, Michel Ryan.
O novo surto foi declarado este fim de semana e já causou a morte a duas pessoas, enquanto 145 pessoas, consideradas como 'contactos', estão a ter seguimento epidemiológico na cidade de Mbandaka, capital da província do Equador, no noroeste do país.
Ibrahima Socé Fall, director adjunto da OMS para as respostas a emergências, comentou que é preocupante que o ébola tenha voltado a ser detetado em uma zona urbana e com uma elevada densidade demográfica.
"Há risco de propagação através do rio para países como a República Centro-Africana ou a República do Congo (Brazaville). Por isso, estamos a trabalhar com as autoridades e a mobilizar as comunidades, para não perder nenhuma cadeia de transmissão", acrescentou.
Ryan sustentou que nesta ocasião as vacinas contra o ébola estão em todo o país e que, em breve, vai começar a imunização dos grupos de maior risco.
Mesmo assim, não deixou de destacar que a velocidade com que se detetou este surto, a reação rápida, bem como a disponibilidade de testes e vacinas não têm precedentes na história desta doença.
"Vendo a capacidade e experiência na RDC, acreditamos que se pode conter, mas cada surto é único, pelo que não se pode assumir que, por termos já combatido o ébola na mesma área, se possa fazer o mesmo", avisou.
O ébola é uma doença muito transmissível e com uma elevada mortalidade.
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