De acordo com a informação transmitida hoje pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), as equipas de bombeiros da região de Setúbal devem comunicar os dados clínicos dos doentes que deveriam ser transportados ao Hospital de São Bernardo, para que sejam encaminhados para outras unidades.
Fonte oficial do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), em que está integrado o Hospital de São Bernardo, confirmou à agência Lusa que o Serviço de Obstetrícia/Ginecologia está com constrangimentos, sem adiantar mais pormenores.
Outra fonte hospitalar contactada pela Lusa precisou que o serviço deveria ter três médicos na escala, mas “está a funcionar apenas com dois, porque um deles faltou e não foi substituído”.
Na segunda-feira, na sequência do encerramento da Urgência Pediátrica do Hospital de São Bernardo durante uma semana, os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra, deslocaram-se ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigirem uma reunião urgente com o ministro da Saúde.
A reunião ficou marcada para as 19:00 da próxima terça-feira, dia 20 de dezembro.
Os três autarcas - André Martins (Setúbal), Álvaro Amaro (Palmela) e Francisco Jesus (Sesimbra) - defendem que, a par das obras de ampliação do Hospital de São Bernardo - que já foram várias vezes anunciadas, mas que ainda não tiveram início -, é urgente reforçar os quadros de pessoal para acabar com os constrangimentos que se verificam em diversas especialidades devido à falta de médicos.
Durante a deslocação na segunda-feira ao Ministério da Saúde, André Martins, que falou à agência Lusa em nome dos três autarcas, considerou que a solução prevista pela administração do CHS para dar resposta aos problemas, a contratação de mais médicos tarefeiros, não resolve os problemas.
De acordo com o autarca setubalense, são necessárias “medidas que garantam a contratação de recursos humanos - médicos, enfermeiros, técnicos hospitalares - para os quadros de pessoal”.
Para os autarcas dos três municípios da área abrangida pelo CHS, o reforço dos quadros de pessoal é fundamental para que o centro hospitalar tenha capacidade para dar resposta às necessidades de cerca de 300 mil utentes, residentes nos três municípios (Palmela, Sesimbra e Setúbal) e no Litoral Alentejano.
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