O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra assinala hoje o Dia Mundial da Saúde com o lançamento deste manual, que resulta de um projeto do grupo “literacia para a segurança dos cuidados de saúde de enfermagem” do CHUC.

Considerando o atual contexto migratório devido à guerra na Ucrânia, foi criado o projeto “Promoção da Literacia em Saúde dos Migrantes Ucranianos (recém-chegados)”, com o objetivo de “facilitar o acesso destes cidadãos ao sistema de saúde e promover a literacia em saúde, contribuindo, assim, para uma melhor integração no nosso país”, referiu o CHUC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Trata-se de uma iniciativa que conta com a colaboração do serviço social do CHUC, o serviço de assistência espiritual e religiosa, o voluntariado e ainda um conjunto de profissionais do CHUC, de nacionalidade ucraniana, que se voluntariaram para mediar a comunicação entre os profissionais de saúde e os cidadãos ucranianos.

Segundo o comunicado, este projeto pretende ir “mais além” na sua abrangência e “envolver outras áreas da comunidade e estabelecer parcerias com instituições como a Segurança Social, os cuidados de saúde primários, o setor social e as autarquias”, para em conjunto cooperarem para uma “integração mais inclusiva destes cidadãos”.

O “Manual de Apoio para Migrantes _ Acessos a Cuidados de Saúde” está disponível na rede social ‘Facebook’ do CHUC e no ‘site’ https://www.chuc.min-saude.pt/paginas/informacoes/ao-cidadao-utente/apoio-a-migrantes.php.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.