A ação é promovida pelo Movimento Cívico pela Saúde em Azambuja e irá decorrer a partir das 09:30 em frente ao Centro de Saúde local.

Em declarações à agência Lusa, Armando Martins, porta-voz deste movimento, referiu que “são esperadas centenas de pessoas”, uma vez que “existe muito descontentamento”.

“A nossa expectativa é que participem centenas de pessoas. Temos recebido muitas manifestações de apoio porque as pessoas estão muito insatisfeitas”, apontou.

Entre os principais motivos para essa insatisfação está, segundo elencou, o facto de “50% da população não ter médico de família” e as condições de atendimento no Centro de Saúde de Azambuja.

“Mandam os utentes ligarem para marcação de consultas, mas depois não atendem os telefones, gritam com as pessoas, interrompem atendimentos para atender telefonemas pessoais e algumas casas de banho não funcionam”, exemplificou.

Nesse sentido, Armando Martins referiu que o movimento de utentes já lançou um abaixo-assinado e solicitou reuniões com o responsável do Centro de Saúde de Azambuja, com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e com o presidente da Câmara Municipal de Azambuja.

“Até agora, o único a responder ao novo pedido de reunião foi o senhor presidente da Câmara”, lamentou.

O porta-voz do Movimento Cívico pela Saúde em Azambuja disse ainda que os utentes estão disponíveis para levar a cabo mais ações de protesto, caso não vejam atendidas as suas reivindicações.

“Caso estas iniciativas não sejam suficientes iremos partir para outras ações de luta. Uma delas poderá uma marcha lenta na Estrada Nacional 3 (EN3), em hora de ponta ou um protesto junto ao Ministério da Saúde”, adiantou

Por seu turno, contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), manifestou-se solidário com os utentes e sublinhou que a autarquia “está a fazer tudo aquilo que está ao seu alcance para atrair mais médicos para o concelho”.

“O bem-estar da população preocupa-nos muito. Ainda hoje tivemos uma reunião com a senhora ministra da Saúde [Marta Temido] e percebemos que existe uma clara dificuldade em colocar médicos. De qualquer forma, tudo faremos para que seja atrativo vir trabalhar para a Azambuja”, sublinhou o autarca, adiantando que a autarquia também já solicitou uma reunião com a administração da ARSLVT.

A Lusa contactou também a ARSLVT, mas não obteve resposta.