Portugal é um dos países da União Europeia com maior prevalência da doença. Em média, por dia, são diagnosticados 20 novos casos. Os diabéticos têm de ter cuidados acrescidos para controlar a glicemia, manter um peso saudável e prevenir o aparecimento das complicações associadas à diabetes. Existem, no entanto, aspetos em que, apesar dos cuidados habituais que não podem ser descurados, não existem grandes diferenças em relação aos não diabéticos no que toca à alimentação.
As necessidades proteicas, por exemplo, são semelhantes. Para prevenir situações de hipoglicemia que possam surgir, além das recomendadas pelo projeto informativo Diabetes 365º, é recomendado que ingiram, pelo menos, uma fonte de proteínas às três refeições principais. Um estudo científico realizado por uma equipa de investigadores do Instituto Alemão de Nutrição Humana Potsdam-Rehbrücke descobriu que uma dieta rica em proteínas é benéfica para quem sofre de diabetes tipo 2.
Independentemente de ingerirem proteína de origem animal ou vegetal diariamente, os cientistas germânicos apuraram que os que consumiam, pelo menos, 30% de proteínas tinham menores níveis de ácido úrico e de colesterol LDL, o colesterol que é prejudicial ao organismo e que é um dos fatores de risco conhecidos das doenças cardiovasculares. Uma alimentação saudável não pode descurar as necessidades proteicas do organismo. Estes são cinco alimentos ricos em proteínas que deve privilegiar.
1. Queijo
Ideal para o pequeno-almoço, para a refeição intermédia da manhã ou para o lanche, é fonte de vitamina D e de cálcio, tal como o leite e o iogurte. O queijo emental fornece, em média, cerca de 22,8 gramas de proteínas por 100 gramas de alimento, enquanto que o de cabra chega às 30 gramas. O queijo fresco, com menos gordura, contém apenas 10 gramas, sendo por isso o mais recomendado. Deve ingeri-lo sem sal ou, em alternativa, temperado com uma quantidade muito reduzida.
2. Atum
Cozido, grelhado, braseado ou assado com pouca gordura, o peixe é uma opção saudável para uma refeição principal. O atum fresco, fonte de ómega-3, ferro e fósforo, integra cerca de 23,7 gramas de proteínas por cada dose de 100 gramas. A mesma quantidade de salmão e de tamboril, outros peixes muito apreciados pelos portugueses, fornece 22,7 gramas. Ao cozinhá-los, reduza a quantidade de sal, substituindo este tempero por sumo de limão e/ou por ervas aromáticas.
3. Grão-de-bico
As leguminosas são uma alternativa à ingestão de carne e de peixe cada vez mais valorizada nos dias que correm. Fonte de manganésio e fósforo, o grão-de-bico fornece 10 gramas de proteína por cada 100 gramas de alimento, tal como também sucede com as lentilhas. A mesma quantidade de feijão-branco contém 8,5 gramas de proteína. O feijão é outra das leguminosas a que pode recorrer para aumentrar o consumo de proteína vegetal saudável, mas sempre cozinhado com pouco sal.
4. Carne de peru
Perfeita para assar e servir com legumes cozidos ou salteados, a carne de peru, rica em ferro, zinco e selénio, é uma das carnes brancas mais magras e mais saudáveis, tal como sucede com a de frango, uma das mais consumidas em território nacional. Uma porção de 100 gramas garante, em média, um aporte de 29,4 gramas de proteínas. A mesma quantidade de lombo de porco sem gordura, outra opção recomendada por muitos nutricionistas e dietistas, contém 25,6. O peito de pato sem pele chega às 26,7.
5. Amêndoas
Ideais para uma pausa a meio da manhã ou da tarde ou até mesmo como sobremesa, os frutos secos saciam e são proteicos. A variedade disponível no mercado também é grande, o que acaba por ser outra vantagem. As amêndoas, além de fornecerem magnésio, manganésio e vitamina B12, contêm 25,4 gramas de proteína por 100 gramas de alimento. Os pistácios, com 24,9, não andam longe. Os amendoins vencem, com 27,3. Por serem calóricos, devem todavia ser ingeridos com moderação.
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