A alergia alimentar afeta três a quatro por cento dos adultos.
Foi já identificada uma série de alimentos que provocam reações alérgicas, mas são relativamente poucos os responsáveis pela maioria das reações graves.
Este grupo de reações graves inclui crustáceos (camarão, caranguejo e lagosta), peixes, frutos secos (avelãs e nozes), amendoins, leite e ovos.
Nos adultos, o marisco, os frutos secos e amendoim são os culpados na maioria dos casos, enquanto as reações alérgicas ao leite e ao ovo são raras. As manifestações de alergia alimentar variam de gravidade, desde manifestações ligeiras, que começam logo na boca, com comichão nos lábios, na língua e depois na garganta (o síndroma da alergia oral), a vómitos e diarreia.
Em alguns casos, há reações cutâneas, visíveis na pele, nomeadamente urticária e edemas que são inchaços e até podem surgir reações sistémicas graves, como anafilaxia com envolvimento cardiorespiratório que pode ser fatal. Se já fez alguma reação alérgica a algum destes alimentos, não deve voltar a consumi-los, pois poderá ter uma reação grave, independentemente de fazer anti-histamínicos como prevenção.
Estamos a falar de reações alérgicas que podem pôr a vida em risco! Se for viajar, deve sempre consultar um médico da especialidade. Deverá também ter sempre consigo um kit de urgência, uma injeção lifesaving, já disponível em Portugal, principalmente se viaja para países como África, em que os cuidados de saúde são precários.
Texto: Filomena Falcão (alergologista)
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