Nos meses que antecedem o verão e nos que sucedem às festas, na tentativa de colmatar os excessos alimentares feitos durante as semanas e até mesmo os meses anteriores, assiste-se a uma verdadeira corrida às dietas. Isabel Almeida e Ana Marcelino, residentes na Grande Lisboa, não são exceção e, depois dos tradicionais exageros e abusos típicos da quadra natalícia, resolveram experimentar uma das dietas em voga.
São quatro as fases do plano alimentar Lev, à base de refeições em pó. Na primeira, só se ingerem alimentos e produtos Lev e legumes e tomam-se suplementos nutricionais. Na segunda fase, quem segue este regime continua a comer refeições Lev, mas já pode incluir outro tipo de legumes, alargando o leque de opções. Na terceira fase, introduzem-se quantidades controladas de carnes brancas ou alguns peixes ao almoço.
Isabel Almeida passou pela experiência e encontra-se na reta final do plano. "A toma de suplementos terminou e a alimentação passou a ser toda normal, com atenção às quantidades e tipo de alimentos. Poucas gorduras e nada de açúcares é o segredo", garante a administrativa. Também Ana Marcelino, contabilista, que está na segunda fase da dieta, nos relata sobre a sua experiência. Conheça os pormenores já a seguir.
O peso da maternidade
Os 25 quilos que tinha ganho na sequência da sua gravidez teimavam em não desaparecer e a gordura acumulada nas pernas, nas ancas, no rabo e no abdómen dificultavam-lhe a vida. "Queria vestir roupas mais jovens e estar na moda o que, com excesso de peso, não é fácil. Sentia-me também cansada e sem forças. Moro num primeiro andar e subir e descer as escadas com a minha filha ao colo era difícil", admite Ana Marcelino.
Uma vida nova
Perder 20 quilos foi o objetivo definido com a nutricionista que a acompanhou. "Marquei a primeira consulta para o dia 27 de dezembro de 2016 e iniciei a dieta no dia 2 de janeiro de 2017", recorda. A avaliação teve em conta a sua condição física. "Como sempre fui saudável e não me foi indicado qualquer problema que pudesse surgir, a não ser sentir dores de cabeça ou ficar mais impaciente nos primeiros dias", sublinha.
Projeto em curso
Com 15 quilos já perdidos e com determinação para perder mais, Ana Marcelino diz que não poder comer pão e nem tomar o seu pequeno-almoço habitual foi o que mais lhe custou nas primeiras semanas. Após uma fase inicial "em que deveria ter como objetivo a perda de oito a nove quilos em 40 dias", seguiu-se a segunda fase do plano alimentar, em que o objetivo era perder entre um a dois quilos a cada 10 dias.
O objetivo era ambicioso mas Ana Marcelino conseguiu atingi-lo. "Fiz sempre tudo à risca, embora por vezes as tentações fossem grandes", confidencia, o que não a impede de confessar que, durante esse período, tivesse um desejo que estava completamente fora da lista de refeições permitidas. "Tive muitas saudades de comer pão com manteiga", admite a contabilista de 32 anos, residente em Mem Martins.
Da mesa para a vida
Endívias e curgete são alimentos que Ana Marcelino nunca tinha comido até aí. Hoje, já cozinha. "Além de perder peso, aprendem-se muitos hábitos alimentares saudáveis", assegura. "Aprendi a preparar as minhas refeições de várias formas, a comer sopa como prato principal, a beber os dois litros de água recomendados até às 17 horas, para o organismo ter tempo de drenar até à hora de deitar, entre outras coisas", refere.
Os resultados foram notórios, no caso de Ana Marcelino, logo no final da primeira semana. "O meu marido, os meus amigos e até os meus colegas começaram a notar a perda de volume", garante. "As minhas roupas estavam mais largas e menos coladas ao corpo", recorda, visivelmente satisfeita. Algumas das suas amigas e colegas acabaram mesmo por iniciar o mesmo regime de emagrecimento pouco tempo depois.
A importância dos exemplos inspiradores
Uma delas foi Isabel Almeida. "Queria um corpo com mais formas e menos gordura, principalmente na zona abdominal e nas pernas", conta a administrativa, que encontrou motivação noutros casos bem sucedidos. "Depois de ver resultados fantásticos nalgumas pessoas que conheço, disse para mim mesma que esta era a dieta que queria fazer porque, em pouco tempo, ficaria com o aspeto que desejava", convenceu-se.
E assim foi. Os resultados não demoraram tempo a surgir e os benefícios para a saúde também não. "Gostava de dizer a todas as pessoas que sofrem de problemas de colesterol elevado, como era o meu caso, que com esta dieta o meu colesterol voltou aos valores normais", frisa Isabel Almeida. Embora, na sua idade, não seja aconselhada a abandonar a medicação que toma há seis anos, a notícia não lhe poderia agradar mais.
Mais e melhor saúde
O problema era do conhecimento do nutricionista que a acompanhou desde o início. "Foram-me colocadas várias questões sobre a minha saúde, o tipo de medicação que tomava e foi-me dito que, se sentisse algum sintoma fora do comum, deveria ligar de imediato para o meu nutricionista", recorda. Foi por uma omelete de fiambre que começou o seu contacto com as refeições Lev, mas depois provou muitas outras.
"Não me custou habituar, são muito saborosas e variadas, podemos até comer doces", diz. "O que mais me custou foi ter de comer tantos legumes porque, ao fim de alguns dias, já falta imaginação para os cozinhar", confessa. Também no plano social surgiram desafios e, mais uma vez, a prova foi superada. "Não é prático ir ao restaurante e levar as saquetas, mas consegui contornar isso", esclarece a administrativa.
"Dei a volta a essa situação convidando os amigos para irem a minha casa. Assim, consegui manter a dieta e conviver", revela Isabel Almeida, que mede 1,55 metros e, antes da dieta, pesava 61 quilos. No final, chegou aos 55,5 quilos, um peso que desde então tem conseguido manter. No caso de Ana Marcelino, que mede 1,76 metros, iniciou a dieta com 92 quilos e concluiu-a quando viu o mostrador da balança indicar 76 quilos.
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