Por definição, a endometriose é o aumento de tecido endometrial fora do útero. Nesta patologia a nutrição é coadjuvante em todos os aspetos: hábitos e consumos alimentares, aumento de nutrientes específicos através de suplementos alimentares, uma boa higiene do sono e um estilo de vida ativo.

Naturalmente que, o tecido endometrial cresce no início do ciclo menstrual, transforma-se após a ovulação para permitir a implantação de um possível embrião e descama durante a menstruação para voltar a crescer no ciclo seguinte.

Na endometriose há um maior risco de um envelhecimento precoce do ovário e de todo o sistema reprodutor feminino que possui mais stress oxidativo. O stress oxidativo ocorre ao nível das células do nosso organismo e é como se as células interiormente estivessem em esforço para se equilibrarem individualmente e, quando não conseguem morrem, e assim vamos envelhecendo.

No sistema reprodutor feminin,o o aumento de stress oxidativo é provocado por alterações na formação da glutationa, ou seja, por falta de um sistema protetor antioxidante do organismo vai haver mais óvulos com stress oxidativo e com menos capacidade antioxidante - essencial para que sejam óvulos férteis e fecundáveis.

Além disso, se o sistema do organismo está mais inflamado e com mais stress oxidativo, vai haver maior dificuldade do organismo ter acionado o sistema antioxidante e gera dificuldade em eliminar as toxinas introduzidas pelos alimentos, pela água e pelo ambiente em que estamos envolvidos.

Nesse sentido, devem-se realizar uma série de estratégias para minimizar o stress oxidativo e aumentar o poder antioxidante do organismo. Tais como:

  1. Consumo de alimentos coloridos que são ricos em antioxidantes, como as frutas, os legumes e as leguminosas;
  2. Suplementação específica, para que aumente o poder antioxidante do organismo e um ótimo funcionamento celular, como a Coenzima-Q10;
  3. Boa higiene de sono, através de noites de sono em quantidade ao nível de horas suficientes e em qualidade, realizando todos os ciclos do sono sem interrupções;
  4. Criar rotinas para um trânsito intestinal regular, utilizando probióticos que controlem o stress oxidativo ao nível celular e ao nível da microbiota intestinal e manutenção da parede intestinal com glutamina para aumentar o sistema de barreira e equilíbrio do sistema imunitário.
  5. Praticar atividade física regular, normalizar o funcionamento hormonal e capacidade antioxidante geral do organismo.

Os fatores de infertilidade distribuem-se da seguinte forma: 40% fator feminino, 40% fator masculino, 15% incompatibilidade do casal e 5% causas inexplicáveis. Dos 40% que dizem respeito à mulher, cerca de 15% são devido à endometriose.

Contudo, existem os restantes 25% que a mulher pode alterar para aumentar a sua fertilidade, e isso está relacionado com todos os fatores da sua vida que são modificáveis!