Janeiro é um mês de recomeços e de definir novas metas, incluindo as relativas à melhoria da saúde. Fica para trás um período marcado pelos exageros das festividades, férias e jantares de grupo e recomeça a época da procura do reequilíbrio da composição corporal e do bem-estar. 

Um dos objetivos mais comuns desta altura do ano é, por isso, a perda de peso. E talvez este ano pudéssemos vê-lo como um objetivo a não repetir nos próximos anos, isto é, encarar o processo de emagrecimento como uma mudança de estilo de vida para que, depois de atingido o peso desejado, ele se mantenha de forma sustentável. O grande desafio será, por conseguinte, encontrar a estratégia que melhor se adeque às preferências, rotinas e horários de cada um. 

Não cometer erros

Importa, desde logo, não cometer erros comuns como fazer privações alimentares excessivas que podem levar a défices nutricionais e que não são exequíveis a longo prazo. Em vez disso, deverá procurar estabelecer uma boa relação com a comida, privilegiando uma alimentação equilibrada, variada e que possa ser enquadrada em contextos sociais e de confraternização. 

Para além disso, deve-se garantir que ocorre um verdadeiro emagrecimento saudável, onde se perde, essencialmente, massa gorda com preservação da massa muscular. Para isso, é importante seguir um plano alimentar feito por um nutricionista com a correta distribuição dos nutrientes, caso contrário, a perda de peso inicial será sobretudo água, glicogénio, massa magra e apenas alguma gordura. 

O melhor tipo de dieta

Devemos também tentar perceber qual o melhor tipo de dieta para nós, sendo a maior dicotomia entre as dietas low carb e as low fat, onde nas primeiras há uma redução da ingestão dos hidratos de carbono e nas segundas da gordura. Para esta escolha deve ser tida em conta a situação clínica da pessoa, nomeadamente, fazendo um estudo das suas análises sanguíneas.

Através de uma análise ainda mais detalhada com um teste genético, é possível conhecer aspetos como o ​​metabolismo de hidratos de carbono e da gordura, o risco para o acúmulo de gordura visceral, o comportamento alimentar incluindo o hábito de petiscar, permitindo traçar orientações ainda mais individualizadas e personalizadas. 

Dentro das várias possibilidades disponíveis, acima de tudo, devemos optar pela dieta que seja mais fácil de cumprir, privilegiando a criação de hábitos alimentares mais saudáveis com o intuito de manter o peso a longo prazo e otimizar a saúde.

Um artigo da nutricionista Patrícia Cunha.