As fistulas perianais podem ser definidas como um túnel anormal do canal anal para o exterior, em regra para a região perianal que, por vezes, leva ao surgimento de um abcesso anal, provocando dor intensa, prurido anal e um grande desconforto.
São situações complicadas em que o diálogo entre o gastrenterologista, o cirurgião e o doente é obrigatório para definir os caminhos a tomar.
Há ainda situações em que a solução pode estar nas células estaminas, mas, nestes casos, há também decisões a ponderar e que envolvem diferentes intervenientes.
Os dados deixam perceber que o número de cirurgias a fístulas perianais nas pessoas com Doença Inflamatória Intestinal (DII), em Portugal, tem aumentado e a situação merece ser analisada e debatida profundamente.
Estão os hospitais nacionais preparados para este aumento? Devem existir ou não cirurgiões com especialização em coloproctologia para estes casos? Como funciona a relação entre o gastrenterologista e o cirurgião? As células estaminais são um novo tratamento que dá esperança a estes doentes? Como funciona em Portugal?
Com a ajuda de António Manso, cirurgião no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), respondemos a estas e outras perguntas no terceiro episódio desta temporada de Dar a Volta à DII.
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