É difícil que a pessoa com colite ulcerosa não se deixe, por isso, dominar pelos fatores sintomáticos como as diarreias, as hemorragias, a perda de peso, a falta de força, a anemia, bem como os consequentes internamentos, intervenções cirúrgicas, exames complementares de diagnóstico e tratamentos. Todo este processo, que se repete ciclicamente, é muito duro.
Apesar de muitas vezes não ser fácil aguentar tudo sem dizer nada, preferimos não abrir o jogo e mostrar aos que nos rodeiam que há um problema. E por vezes, não somos capazes de falar desse mesmo problema.
Ninguém fica indiferente a estes sinais. E é aqui que entra o psicólogo, pois é ele que nos pode ajudar. Porque há coisas que são difíceis de desabafar. Mesmo ao melhor amigo.
Neste episódio de “Dar a Volta à DII”, vamos perceber a importância do acompanhamento psicológico para as pessoas com DII.
Para falar sobre o tema está o convidado especial Jorge Ascenção, psicólogo clínico com muito trabalho desenvolvido junto da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI).
Nas suas palavras, “é natural que exista um isolamento” da pessoa com colite ulcerosa ao lidar com a patologia, o que leva a que se sinta diferente e distante dos demais. No entanto, apesar dessa sensação habitual, é necessário deixar “que as pessoas se aproximem, e ao mesmo tempo que também tenhamos a capacidade de procurar ajuda”.
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