A incontinência urinária é a perda involuntária do controlo da bexiga ou do intestino, sendo por isso um sintoma e não uma condição de saúde em si.
Existe uma diversidade de condições e distúrbios que a podem causar, incluindo defeitos de nascença, efeitos de uma cirurgia, lesões nervosas, infecção e alterações associadas ao envelhecimento. Pode também ocorrer em resultado de gravidez ou parto.
A incontinência existe em crianças, homens e mulheres de todas as idades, sendo que 1 em cada 4 mulheres e 1 em cada 8 homens serão afectados ao longo das suas vidas.
Considera-se, de uma maneira geral, que entre 10 e 12% das mulheres sofrem regularmente de incontinência urinária e estima-se que em Portugal 16% das mulheres que sofrem de incontinência têm menos de 35 anos.
COMO FUNCIONA O SEU CORPO
Para compreender as causas da incontinência é importante que conheça a «mecânica» do seu organismo:
Bexiga: É um pequeno reservatório com 6 a 8 cm de diâmetro que pode conter entre 400 a 500 ml de urina. Contrai-se para se esvaziar.
Esfíncteres: Os músculos dos esfíncteres fecham-se para reter a urina e abrem-se para a deixar sair.
Períneo: É uma sobreposição de músculos esticados como uma cama de rede que contém a uretra, o ânus e a vagina. Habitualmente, exerce uma força suficiente para apertar os orifícios respectivos para desempenhar o papel de fecho. O períneo é alvo de modificações nas diferentes etapas hormonais da vida de uma mulher: gravidez, parto, menopausa. Eis a razão porque é tão importante tomar consciência do seu períneo para conseguir controlá-lo bem.
CAUSAS DA INCONTINÊNCIA
Existe uma diversidade de factores que podem estar na origem de incontinência, incluindo:
- Gravidez ou parto
- Infecção
- Alterações associadas ao envelhecimento
- Defeitos de nascença
- Cirurgia
- Lesões nervosas
- Grande prática desportiva
TIPOS DE INCONTINÊNCIA
Sob a definição geral de incontinência escondem-se situações muito diversas, desde perdas muito ligeiras e ocasionais de urina a perdas moderadas e perdas regulares e mais graves.
Estas situações agrupam-se em quatro grandes grupos, de acordo a causa das perdas de urina:
1. Incontinência urinária de esforço
O que se sente?
Caracteriza-se pela perda involuntária de urina durante um esforço, como por exemplo, ao tossir, espirrar, rir, saltar ou pegar em cargas pesadas.
Como se explica?
Ao serem mobilizados, os músculos abdominais exercem pressão sobre o períneo que, se estiver um pouco fraco, não consegue impedir que os esfíncteres abram ligeiramente, deixando passar algumas gotas de urina.
Qual a origem?
Este é o tipo mais frequente de incontinência urinária, atingindo particularmente mulheres que passaram por situações de gravidez ou se encontram na menopausa.
Como se explica?
Ao serem mobilizados, os músculos abdominais exercem pressão sobre o
períneo que, se estiver um pouco fraco, não consegue impedir que os
esfíncteres abram ligeiramente, deixando passar algumas gotas de urina.
Qual a origem?
Este é o tipo mais frequente de incontinência urinária, atingindo
particularmente mulheres que passaram por situações de gravidez ou se
encontram na menopausa.
2. Incontinência urinária de urgência
O que se sente?
Também conhecida por bexiga hiperactiva, caracteriza-se por uma vontade súbita e irreprimível para urinar, muitas vezes acompanhada de perda de urina (por vezes com grande volume).
Pode também ocorrer a necessidade de urinar muito frequentemente (mais de oito vezes por dia) e noctúria (uma vez ou mais por noite).
Como se explica?
Trata-se de uma disfunção que resulta da contracção precoce e sem motivo do músculo detrusor da bexiga, conhecida como hiperactividade vesical.
Qual a origem?
Este é um tipo de incontinência cuja frequência aumenta com a idade.
3. Incontinência urinária mista
Neste tipo de incontinência, os sintomas da incontinência urinária de esforço coexistem com os da incontinência de urgência.
4. Incontinência urinária por regurgitação
Tipo de incontinência que afecta essencialmente os homens. Deve-se,
muitas vezes, a uma perturbação da função de evacuação da bexiga devido
ao volume da próstata.
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