“Hoje, mais que nunca, é preciso pensar em soluções robustas para o clima e para a sustentabilidade da vida na Terra. É preciso regular e implementar, rápida e eficazmente, as melhores soluções a longo prazo, que fazem uso dos avanços da tecnologia e do conhecimento científico em tempo-real. Não temos tempo para meias soluções”, diz, em comunicado, Francisco Ferreira, presidente da associação.
Quando se assinalam também os 35 anos do Protocolo de Montreal a associação alerta para a necessidade da união no combate às alterações climáticas.
O Protocolo de Montreal, acordado em 1987 e que entrou em vigor em 1989, é um acordo global para proteger a camada de ozono estratosférico através da eliminação progressiva dos químicos que a empobrecem, seja na produção seja no consumo. Esses químicos são também potentes gases com efeito de estufa e por isso contribuem para as alterações climáticas.
A Zero lembra que os avanços científicos do século XX desenvolveram a refrigeração e climatização, com o uso dos clorofluorcarbonos (CFC), que danificaram a camada que protege o planeta das radiações ultravioleta solares, provocando o “buraco do ozono”.
Os CFC foram substituídos pelos Hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e, mais tarde pelos Hidrofluorocarbonos (HFC), nenhum deles solução por serem “poluentes climáticos poderosos”, diz a associação.
A emenda de Quigali, a mais recente alteração ao Protocolo de Montreal, apela à redução progressiva das emissões de HFC, que estão abrangidas pelo Acordo de Paris sobre o clima, para limitar o aumento da temperatura global.
A 11 de setembro, diz a Zero citando a NASA, o “buraco” no Polo Sul abrangia 22 milhões de quilómetros quadrados, mais do dobro da área da Europa.
No comunicado a Zero refere a existência, hoje, de muitas soluções para refrigeração, e a liderança da Europa no processo de regulamentação do uso dos HFC.
E diz ser “urgente” assumirem-se metas ambiciosas para responder à crise climática atual, sendo necessário restringir o uso de substâncias poluentes quando existem alternativas, não permitir a comercialização de alternativas que não sejam comprovadamente não nocivas para a camada do ozono, incentivar os refrigerantes naturais, e fiscalizar o setor da captura de gases nos equipamentos em fim de vida.
O Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono, sempre a 16 de setembro, destina-se a chamar a atenção para a importância da camada do ozono para o planeta, já que sem ela não era possível a vida na Terra. Além de proteger o planeta dos raios ultravioleta a camada do ozono regula o clima e protege a saúde dos seres vivos e o equilíbrio dos ecossistemas.
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