Temos da cozinha alentejana uma mesa que fez dos parcos recursos do território um elenco de pratos engenhosos e cativantes. Uma cozinha que, tendo servido gerações de uma população maioritariamente rural, chegou até ao nosso quotidiano servida à mesa de inúmeros restaurantes da região e não só.
O pão, o alho, o azeite, as ervas de cheiro silvestres, as leguminosas e frutos locais, como o figo, os vegetais e as carnes e alguns peixes, entre outros ingredientes da região, cruzando-se em pratos que, muitos entre nós, citam de cor: migas com carne de alguidar, açorda de coentros, sopa de cação, ensopado de borrego, gaspacho, cozido à alentejana, apenas para resgatar do caderno de memórias gustativas alguns “petiscos” emblemáticos.
Há, contudo, que perceber que perceção temos, realmente, destes comeres alentejanos e do valor e qualidade que lhes atribuímos, entre outros fatores. Isto mesmo é o que procura perceber um estudo conduzido no âmbito da Universidade de Évora, mais concretamente do projeto Sabor Sur.
No questionário online que pode ser acedido aqui, somos convidados a viajar pelos comeres do Alentejo, a deixar a nossa opinião sobre os mesmos em questões de diferente ordem, da perceção calórica dos mesmos, à fidelidade da atual cozinha alentejana ao receituário tradicional, à qualidade dos ingredientes utilizados na restauração e a sua genuinidade.
O objetivo último do estudo é avaliar de que forma é que a apresentação da ementa influencia a perceção que temos da gastronomia alentejana.
O “Sabor Sur: Laboratório para a inovação empresarial do setor alimentar e de hotelaria dos mercados transfronteiriços”, reúne oito entidades de Espanha e de Portugal, e visa desenvolver as dinâmicas e a cooperação entre empresas e centros de investigação na área da indústria alimentar, assim como novos produtos e serviços nesta área.
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