Trata-se da “maior e principal doação de vacinas da Johnson & Johnson para o país”, referiu em comunicado o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef).
Para o ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, a doação acontece “numa boa altura”, uma vez que o país “precisa de se blindar contra as novas variantes e a iminente quarta vaga” da covid-19.
O governante disse que não quer recuos, após as três vagas da pandemia que atingiram o país.
Sem avançar datas, o ministro da Saúde anunciou ainda que vai decorrer em Maputo, numa fase piloto, uma “caravana da vacina” que visa sensibilizar mais pessoas a aderirem à vacinação contra a covid-19.
A iniciativa quer “mobilizar moçambicanos e estrangeiros que ainda não foram vacinados”, frisou Armindo Tiago.
“Queremos concentrar-nos na possibilidade de dar vacinas gratuita ao nosso povo”, acrescentou
Com a doação de hoje, os EUA entregaram 3,5 milhões de doses a Moçambique, avançou Dennis Hearne, embaixador norte-americano em Maputo.
Segundo o embaixador, os EUA disponibilizaram mais de 60 milhões de dólares (53 milhões de euros) para a resposta à covid-19 no país, incluindo formação e doação de equipamentos.
De acordo com os últimos dados das autoridades de saúde moçambicanas, já foram vacinadas 6,7 milhões de pessoas no país, das quais 4,2 milhões completamente imunizadas.
O país espera vacinar 17 milhões de pessoas até final de 2022.
Moçambique tem um total acumulado de 1.941 óbitos e 151.924, dos quais 98% recuperados da doença e 14 internados.
A covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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