Ana Catarina Mendes falava aos jornalistas na Assembleia da República, onde esta tarde, em plenário, são discutidos e votados na generalidade cinco projetos sobre eutanásia do PS, Bloco de Esquerda, PAN, PEV e Iniciativa Liberal.
"Esperamos que esta tarde se faça um debate sereno para que se possam esgrimir todos os argumentos. É importante que se tenha consciência que, numa matéria desta natureza, se exige serenidade, responsabilidade e, sobretudo, respeito pelas opiniões diferentes que cada um tem nesse debate", afirmou a presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Entre os 108 deputados do Grupo Parlamentar do PS, uma ampla maioria votará hoje a favor dos projetos em debate e cerca de dez deverão optar por votos contra ou por abstenções.
Ana Catarina Mendes referiu precisamente que no debate sobre despenalização da eutanásia "os 230 deputados são chamados a agir de acordo com a sua liberdade, autonomia e com o respeito com que a Constituição imprime ao lugar de deputado".
"Por isso mesmo, o PS reitera a sua regra de sempre, a da liberdade de voto, respeitando a opinião de cada um. Num debate desta natureza, que fala sobre o sofrimento de quem se vê confrontado com a necessidade de tomar uma decisão ponderada, exige-se que as paixões fiquem de lado e que as convicções sejam assumidas", defendeu.
Neste contexto, Ana Catarina Mendes salientou que, no PS, "a liberdade é garantida para todos e em nome de todos".
Interrogada se a direção da bancada socialista tem segurança para concluir que o projeto do PS será aprovado, já que cerca de dez deputados do grupo não votam a favor, a presidente do Grupo Parlamentar do PS começou por alegar que se está "num momento de decisão solitária".
"É um momento de decisão responsável e livre de cada um dos deputados. O Grupo Parlamentar do PS considera que o seu projeto é o mais garantístico do ponto de vista dos cuidados a ter" numa decisão sobre eutanásia.
"Temos a convicção que o projeto do PS será aprovado esta tarde", acrescentou.
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