“No polo dos Covões, temos uma adesão de 100% e as consultas estão completamente paradas”, salientou Carlos Fontes, delegado do Sindicato dos Trabalhadores e Funções Públicas do Centro.
Segundo o dirigente, os Hospitais da Universidade de Coimbra, principal polo do CHUC, a adesão à greve situa-se entre os 90 e os 95%, “com os serviços a funcionarem debilmente (…) com os recursos que têm”.
Carlos Fontes denunciou ainda situações “caricatas”, como a que aconteceu na Maternidade Daniel de Matos, em que os trabalhadores “estão a ser substituídos por empresas externas de segurança privada, o que não pode acontecer”.
De acordo com Carlos Fontes, os trabalhadores exigem a abertura dos processos negociais para valorização das carreiras e aumentos salariais e reforço dos efetivos, “porque há trabalhadores a saírem quase todos os dias dos hospitais”.
“Os trabalhadores querem melhores condições de trabalho e valorização das carreiras, que não são revistas há uma série de anos, e aumento salarial, já que a maioria, nomeadamente os assistentes operacionais, estão agarrados ao salário mínimo nacional, muitos deles com 20, 25 e mais anos de trabalho”, sublinhou.
Se o Governo não resolver “cabalmente a situação”, as estruturas sindicais pretendem avançar com outras formas de luta, embora sem adiantar em que moldes.
Este protesto está inserido na campanha "Defender e Reforçar o Serviço Nacional de Saúde Público, Gratuito e Universal", promovida pela CGTP-IN e que decorre ao longo deste ano.
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