Em comunicado, a FEPONS revela que os mais recentes dados do Observatório do Afogamento da federação mostram que, em setembro, registaram-se 23 óbitos em meio aquático, tal como em agosto, o que concentra nestes dois meses 48% das mortes por afogamento no ano de 2022.
Ainda segundo a federação, os óbitos em meio aquático aumentaram cerca de 56% em relação ao mesmo período de 2021, intervalo em que se registaram 86 mortes, e os nove primeiros meses de 2022 já ultrapassam os valores anuais desde 2017, inclusive o recorde registado em 2020 de 122 mortes.
De acordo com os números detalhados no relatório do terceiro trimestre de 2022, quase todas as mortes (92,5%) registadas até setembro de 2022 ocorreram em zonas não vigiadas e a maioria das vítimas não tiveram uma tentativa de salvamento (61,9%).
Os distritos do Porto (20), Lisboa (16), Braga (13) e Faro (12) foram onde se registaram mais mortes, sendo que a maioria das vítimas tem mais de 40 anos, mas destaca-se também o grupo etário dos 20 aos 24 anos (12,7%).
Mais de dois terços dos afogamentos aconteceram no mar (36,6%) e nos rios (33,3%) enquanto as pessoas tomavam banho por lazer (24,6%).
No relatório é ainda referido que em cerca de 66% dos casos assinalados não foi possível conferir a nacionalidade das vítimas.
Para ajudar a combater os afogamentos e “aumentar a cultura de segurança aquática dos portugueses”, a FEPONS disponibiliza no seu ‘site’ uma formação gratuita aberta a todos, lê-se na nota.
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