Ao longo do nosso crescimento aquilo que frequentemente desejamos e procuramos é a felicidade. Queremos sempre ser mais felizes e procuramos a felicidade quase como se sentíssemos que é difícil alcançá-la.

Por outro lado, temos tendência a considerar épocas específicas como mais felizes, quando éramos crianças é que éramos felizes, ou quando estávamos na faculdade, por exemplo. E, além de termos a percepção de que antes é que éramos felizes, temos ainda a percepção que éramos felizes sem saber que o éramos. Por isso, talvez mais tarde, nos venhamos a aperceber que agora somos felizes. Mas, porque será que é tão difícil para nós termos a percepção de que somos felizes no agora?

Porque grande parte das vezes, vivemos sem nos comprometermos com o agora, ficamos presos ao passado, ou às expectativas do futuro e, embora não sejamos infelizes, nunca nos sentimos plenamente felizes e realizados, como se vivêssemos com a permanente sensação de “copo meio vazio”.

Se queremos ter a percepção da nossa felicidade, é essencial que nos alinhemos com alguns aspetos:

1. Conectarmo-nos com o presente

Para isso, é fundamental perdoar o seu passado e aceitar que não tem um controlo exato do seu futuro. Assim, ao concentrar-se no agora, é mais fácil comprometer-se com a sua felicidade e com aquilo que é necessário para o seu bem-estar.

2. Ser autêntico

Conseguir ser genuíno e verdadeiro, concentrando-se em si e não naquilo que são as expectativas dos outros sobre si.

3. Encontrar o seu propósito de vida

Muitas vezes, sentimos que estamos apenas a funcionar mecanicamente cumprindo aquilo que é expectável pela sociedade, no entanto, para sermos felizes implica que sintamos a paz interior de que estamos no caminho certo e alinhados com aquilo que queremos ser. Assim é que, cada um à sua maneira, seja capaz de trilhar o seu caminho no sentido de encontrar o seu propósito de vida.

Não nos podemos esquecer que, se queremos ser felizes, temos não só de nos comprometer com a felicidade, mas também de fazer os possíveis para olhar para essa felicidade de forma a reconhecê-la em tempo real e desfrutar dela. Para que, de uma vez por todas, deixemos de acreditar que a felicidade está no passado ou no futuro, sempre que fazemos esse movimento, anulamos a nossa real felicidade.

Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida da Escola do Sentir.